Estacas Pré Moldadas
A cravação das estacas geralmente é efetuada à percussão através de equipamentos denominados bate-estacas, os quais podem movimentar-se sobre rolos metálicos ou esteiras, os quais são constituídos basicamente por um chassi confeccionado em estrutura metálica reforçada ou por uma máquina hidráulica (tipo escavadeira), por um sistema de guinchos e cabos de aço, uma torre executada em estrutura metálica rígida para acoplamento de martelos hidráulicos, à diesel ou do tipo “queda livre” e um motor.
Bate-Estaca - Chassi em estrutura metálica - Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Rolo metálico de Movimentação do bate-estaca - Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Bate-Estaca posicionado sobre o piquete indicador de centro.- Fonte: Autor / Obra Horiba. |
A absorção e distribuição de parte das tensões dinâmicas que surgem em decorrência dos frequentes impactos dos martelos sobre as cabeças das estacas são efetuadas por um dispositivo denominado capacete metálico, o qual é instalado entre o martelo e o topo das estacas (cabeça). Esse dispositivo apresenta na sua parte superior, placas de madeira industrializada (tipo madeirit) cuja finalidade é regularizar a superfície de contato entre o cepo e a base do martelo, sobre as quais se deixa cair o martelo e, de um cepo de madeira dura com fibras paralelas ao eixo da estaca. Na parte interna desse capacete metálico, sobre o topo das estacas, é instalado um coxim de madeira macia com diâmetro igual ao das estacas a serem cravadas.
Capacete metálico- Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Capacete metálico- Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Placa de madeira em combustão no interior do capacete metálico devido as constantes batidas do martelo- Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Placa de madeira em combustão no interior do capacete metálico devido as constantes batidas do martelo - Fonte: Autor / Obra Horiba. |
Em geral, equipamentos dotados de martelos do tipo queda-livre proporcionam eficiência (relação entre a energia disponível e aquela efetivamente transferida às estacas) situada entre 40% e 60% e eficácia (número de golpes por minuto desferido sobre as estacas) entre 30 e 40. Equipamentos dotados de martelos hidráulicos proporcionam eficiência (relação entre a energia disponível e aquela efetivamente transferida às estacas) situada entre 75% e 90% e eficácia (número de golpes por minuto desferido sobre as estacas) entre 60 e 100, além de possibilitarem maior velocidade de manobras e, por consequência redução de tempo nas operações de cravação e significativa redução dos ruídos provocados pelos sucessivos impactos sobre os topos das estacas em processo de cravação.
O processo de cravação se inicia posicionando-se o bate-estaca sobre o piquete indicador do centro da estaca a ser cravada. Na sequência a torre do bate-estaca é aprumada, levantando-se em seguida o conjunto formado pelo martelo e o capacete metálico para o alto da torre e, com o cabo auxiliar de manobras, a estaca é trazida para junto da torre. Em seguida a estaca laçada com o cabo de manobras é assentada sobre uma circunferência traçada no solo, cujo centro se localiza exatamente sobre o piquete que serve de referencia à estaca a ser cravada. O conjunto formado pelo martelo e o capacete metálico é descido até que este último se encaixe na cabeça da estaca, estando previamente já colocado entre a cabeça e o capacete, o coxim de madeira mole. Após esta operação, controla-se o prumo da estaca com um prumo de face e inicia-se então o processo de cravação propriamente dito.
CONTROLE INDIVIDUAL DA CAPACIDADE DE CARGA DAS ESTACAS
Sinais de repiques são registrados ao final da cravação de cada estaca cravada, juntamente com a nega tradicional. Para tanto, coloca-se papel colado na estaca e com o auxílio de um apoio, move-se o lápis lenta e continuamente ao longo do topo de um determinado referencial durante a aplicação dos golpes deferidos pelo martelo do bate-estaca, obtendo-se o sinal de repique apresentado a seguir. Estes sinais quando devidamente interpretados permitem estimar a capacidade de carga de cada estaca. Os resultados obtidos em campo são posteriormente correlacionados com todas as análises previamente efetuadas, garantindo assim, o controle executivo da obra, em conformidade com os critérios pré-estabelecidos.
Teste de carga - Fonte: www.sotef.com.br |
Nega tradicional - Fonte: Autor / Obra Horiba. |
EMENDA DAS ESTACAS PRÉ FABRICADAS DE CONCRETO
Para que seja executada uma união perfeita e segura das emendas, utilizam-se cordões de solda elétrica contínuos em todo o perímetro das seções emendadas, para isso deve-se obedecer os seguintes procedimentos:
1) O elemento a ser soldado é posicionado, de forma justaposta, sobre o elemento já cravado e aprumado.
2) Após o posicionamento é feita a limpeza dos anéis metálicos.
3) Procede-se então a emenda de toda a superfície perimetral de contato entre as duas chapas.
4) Terminada a solda crava-se o novo elemento e a operação se repete quantas vezes forem necessário.
Posicionamento das estacas e aprumamento - Fonte: www.sotef.com.br |